Ouvi uma frase hoje, num programa da Multishow que desencadeou uma reflexão em mim.
O assunto era música. Um jovem todo vestido de preto e com tachas pelo corpo se dizia "punk".
Outro, um homem de cabelos grisalhos e roupa social respondeu: "punk sou eu, que acordo todos os dias às seis da manhã, não gosto mas acordo, porque tenho uma vida pra cuidar.
Fiquei pensando em quantas coisas "punks" a gente encara dia a dia.
Segunda-feira por exemplo, não importa a idade, a profissão, todos concordam que a segundona é punk.
É punk a violência que assistimos no nosso Brasil, o risco que corremos de sermos vítima dela.
Ter excesso de responsabilidade e ter que rebolar para cumprir todas satisfatoriamente é muito punk.
É punk ter que ir para o escritório diariamente trabalhada na elegância, em cima de um salto, quando muitas vezes nosso sonho é ir de pijama e havaianas.
É punk doença na família, despedir-se de gente querida, desejo de comer Mac Donald's à três da manhã.
Ignorar um desafeto por anos a fio e a pessoa ainda jurar que você a nota é punk.
É punk lavar vasilha, enfrentar o trânsito em horário de pico, ter uma caixa lotada de emails chatos pra responder.
Conviver com pessoas mal humoradas, trabalhar com gente descompromissada, tolerar os pobres de espírito é super punk.
É punk a corrupção presente em todos setores do país.
Falta de senso, erro médico, o caos na educação, a anarquia das manifestações, a miséria, o trabalho infantil, tudo isso é pra lá de punk.
Enfim, não importa qual o estilo musical que tonaliza os nossos dias, no fundo, no fundo, todos nós temos um lado muito punk!
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