quinta-feira, 27 de março de 2014


Aumentando o conhecimento  e cada dia mais vendo o mundo com olhares mais amplos.
Lindo isso, sabia? Lindo e mágico!


sexta-feira, 21 de março de 2014

Arte Sacra

" Encanto intelectual, claro, mas também sensibilidade: as obras antigas fascinam por suas dimensões, por seu refinamento e a maestria de sua execução, pela riqueza de seus materiais."


Teto da Igreja do Rosário em Sabará/ MG. Essa igreja foi idealizada e construída pelos negros para que pudessem cultuar. O teto foi  Pintado  com urucum, açafrão e sangue de boi. Fixado com extrato de óleo de Jatobá. 

terça-feira, 18 de março de 2014

Pensando a Cidade




 Vida de mestranda...

" Fechemos o s olhos e deixemos nossa imaginação andar pela cidade. O que vemos? Inicialmente o perceptível é o concretamente visível: prédios, casas, ruas. Bairros que se sucedem de forma diferenciada, pois são desiguais entre si. Na grande metrópole podemos falar da favela,  dos bairros de classe média, dos bairros arborizados de onde se vislumbram grandes muros rodeando mansões. Mas também podemos recordar que existe o boteco da esquina, a padaria, o supermercado, a vendinha, o clube, alguns prédios industriais de vários tamanhos e estilos, bancos, etc.
Podemos também perceber que essas construções são são iguais do ponto de vista arquitetônico, datam de tempos diferentes. Há bairros mais novos e mais velhos. Há prédios de pastilha, outros envidraçados. A dimensão de vários tempos está impregnada na paisagem da cidade. Por outro lado, não podemos deixar de pensar ainda, com os olhos fechados, que existe todo um movimento próprio à paisagem, um vai e vem, de carros e pessoas (apressadas ou não). É o ritmo da vida. O modo de expressão da vida na cidade. Ruídos diversos."

segunda-feira, 10 de março de 2014

Meu mundo...

... na inspiração de Caio Fernando Abreu:

"Não sou pra todos.
Gosto muito do meu mundinho.
Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas.
Às vezes tem céu azul, outras tempestade.
Lá dentro cabem  sonhos de todos os tamanhos.
Mas não cabe muita gente.
Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias."


terça-feira, 4 de março de 2014

Sorriso por José Saramago

Neste recesso viajei, descansei, me diverti, e claro, li!
E há trechos que não dá para simplesmente ler, são tão sublimes que a gente tem que compartilhar.



Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos.

O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os
dias, elas nos envolvem.

Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.

O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso.