segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um pouco de filosofia


Cartas a Lucílio, de Sêneca
O ingrato tortura-se e aflige-se a si mesmo; odeia os benefícios que recebe por ter de retribuí-los, procura reduzir a sua importância e, pelo contrário, agigantar enormemente as ofensas que lhe foram causadas. Há alguém mais miserável do que um homem que se esquece dos benefícios para só se lembrar das ofensas? A sabedoria, pelo contrário, valoriza todos os benefícios, fixa-se na sua consideração, compraz-se em recordá-los continuamente. Os maus só têm um momento de prazer, e mesmo esse breve: o instante em que recebem o benefício; o sábio, pelo seu lado, extrai do benefício recebido uma satisfação grande e perene. O que lhe dá prazer não é o momento de receber, mas sim o fato de ter recebido o benefício; isto é para ele algo de imortal, de permanente. O sábio não tem senão desprezo por aquilo que o lesou; tudo isso ele esquece, não por incúria, mas voluntariamente. Não interpreta tudo pelo pior, não procura descobrir o culpado do que lhe sucedeu, preferindo atribuir os erros dos homens à fortuna.
Não atribui más intenções às palavras ou aos olhares dos outros, antes procura dar do que lhe fazem uma interpretação benevolente. Prefere lembrar-se do bem que lhe fizeram, e não do mal; tanto quanto pode, guarda na memória os benefícios precedentes e não muda de disposição para com aqueles a quem deve algum favor a não ser que as suas más ações sejam de longe mais graves, numa desproporção evidente mesmo a quem não a quer ver; e até neste caso o sábio terá por eles, depois de uma considerável ofensa, sentimentos idênticos aos que tinha antes do favor recebido. Na realidade, mesmo quando a ofensa é equivalente ao benefício, permanece na nossa alma um certo sentido de benevolência.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Meu Mundo Ideal

Eu queria um mundo em que o céu estivesse sempre azul, em que o verde tivesse espaço e o ar fosse puro.
No meu mundo o sol brilharia todos os dias, nem tão quente, nem tão fraco, um brilho constante, equilibrado.
Eu queria um mundo em que as crianças brincassem, olhassem borboletas, admirassem vagalumes, contassem estrelas. 
No meu mundo as pessoas seriam educadas, tolerantes, aprazíveis, éticas, honestas. Nao haveria lugar pra soberba, pra arrogância, pra discriminação, pra violência.
Eu queria um mundo sem guerras, sem terroristas, sem corrupção.
No meu mundo os seres humanos se tratariam como iguais. Eu queria um mundo sem fome, sem doenças, sem dor.
No meu mundo, as pessoas viveriam pra sempre ou enquanto tivessem vontade. Eu queria um mundo em que nao existissse histórias tristes de filhos que perdem a mae enquanto sao pequenos e, nem  de mães que perdem os filhos.
No meu mundo reinaria a paz, a bondade, a alegria, a vida. Eu queria um mundo no qual todos os adjetivos ruins fossem como contos da carochinha, só existissem na imaginação.
Utopia? Não. O meu mundo ideal é simplório perto do mundo novo que Deus está preparando pra nós.
"E Deus limpará dos olhos todo lágrima e nao haverá mais morte, nem pranto, nem dor. Porque as primeiras coisas já passaram e tudo se fez novo." Apocalipse 21:4

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Chega de Excessos

 O trecho abaixo foi extraído do livro "Doidas e Santas " de Martha Medeiros. Engraçado que tenho refletido muito sobre isso. Estamos exagerando em tudo, e talvez deixando de lado o que mais importa. Estou buscando o equilíbrio e me permitindo a leveza.


"A impressao que tenho é que a informação que recebemos é tanta, mas tanta, que nos imobiliza. A populaçao do planeta está em plena atividade, todos trabalhando, planejando, comemorando, matando, sobrevivendo, um mundo no gerúndio, sem interrupções e a gente consumindo tudo isso, soterrados por tanta notícia, por tanto apelo, por tanta emergência de opinar, concordar, discordar. Você poderia estar ouvindo uma música agora, olhando pro céu. Você poderia estar regando suas plantas, poderia estar observando o barulho da chuva, poderia estar preparando um chá ou lendo um belo poema em vez desses lamentos. Deixo aqui uma perguntinha: você tem recebido notícias de si mesmo??"