sexta-feira, 7 de junho de 2013

Depois do susto

Engraçado. Intuição em mim, raramente falha. Ontem, enquanto me arrumava para ir para o trabalho, olhei pra minha filha caçula dormindo e pensei em descumprir o trato que temos, de sempre acordá-lá antes de sair. Estava frio e ela dormia docemente. Mas, imediatamente pensei: a gente nunca sabe o que pode nos acontecer no decorrer do dia. Então fiz como de costume. A acordei, conversamos um pouco, me despedi e saí.
Entrei no carro, me debrucei sobre o volante e orei. Agradeci a Deus por Ele cuidar tão bem da minha família e pedi proteção a todos nós para aquele dia.
Coloquei um hino para tocar e saí. Quinze minutos depois...a batida.
Ouvi uma freada, meti o pé no freio, mas não deu tempo. Depois, só me lembro de acordar com um monte de gente batendo nos vidros do carro e gritando "destrava as portas ."
Me contaram que bati e desmaiei. Meu carro voltou e bateu no carro de trás. Eu estava sem cinto de segurança. Quando o SAMU chegou e me tirou do carro imobilizada eu lembrei que estava cantando o seguinte trecho de um hino: "Ele é como sombra à minha direita." O primeiro pensamento foi: "Deus, como assim? O Senhor é como sombra e me deixou bater" 
Com o desenrolar do dia fui percebendo como Deus estava ali do meu ladinho o tempo todo.
Primeiro que pelo nível da batida e o fato de estar sem cinto, era pro estrago ter sido grande. E embora eu tenha batido a cabeça no volante não tive nem um corte ou machucado externo. 
Eu desmaiei, portas travadas, mas Deus me fez despertar.
No momento do acidente, tinha duas mulheres do corpo de bombeiros fazendo educação física na UFMG (eu bati bem em frente) elas imediatamente foram me socorrer. Me acalmaram porque eu estava quase tendo um colapso nervoso. 
O guarda chegou em minutos, e foi de uma educação incrível. Me disse pra ficar calma que tudo se resolvia.
Meu marido e meu pai chegaram rápido no local. O SAMU também. Até o trânsito na Antônio Carlos estava bom. (Coisa rara,muito rara) Chegamos rapidamente no João XXIII.
No hospital, atendimento imediato. Tinha uma equipe de residentes quando cheguei. Dez médicos interessadíssimos em atender.Enquanto esperava pra fazer os exames, uma mulher chegou, pegou na minha mão e disse: sou prima do seu pai, vi pela sua filiação, trabalho aqui, se precisar de qualquer coisa só falar. 
Apesar da força da batida, não tive nada  grave. Luxação no joelho e tornozelo, o que eu considero um milagre. Fiquei algumas horas em observação e fui liberada.
Meu marido cuidou de mim o tempo todo. Recebi uns 800 telefonemas. Gente querida preocupada comigo. Recebi um monte de visitas. Pessoas muito especiais demonstraram todo carinho.
Hoje, acordei com muita dor no corpo, mas muito agradecida , porque percebi como Deus providenciou o melhor possível para este momento de dificuldade. Ele não disse que não passaríamos por tribulações, mas que estaria do nosso lado nos ajudando a vencer. E eu sei que Ele estava lá, eu senti.
Constatei que é exatamente como eu penso "a vida é um segundo" 
Temos que vivê-la bem! Amanhã, não se sabe.
Por isso cultivemos amor, paz, delicadeza. 
E que a gente nunca se esqueça de dizer do nosso amor aqueles que nos são essenciais.
Uma verdade incontestável "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanha, porque se você parar pra pensar, na verdade não há."

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