Eu nem lembro o que pensava essa menininha aí. Era uma criança contida, séria e com um mundo a se descortinar em sua frente. Sempre foi atenta, argumentativa e resolvida.
Ah, nem nos melhores livros da infância ela leria aventuras emociantes como as que ela mesma viveria.
Sempre foi cheia de sonhos. Lutou por eles. Conquistou. Continua lutando.
Por sorte, deixou de ser contida, escolheu viver intensamente.
O futuro ela não sabia. Se apegou a vida depois daquele fatídico acidente aos três aninhos de idade, quando quase morreu. Viveu tudo que podia viver, e o que não devia também.
Cresceu, aprendeu a extrair o melhor de tudo. Segue seu caminho segurando na mão do Eterno.
O coração sempre foi bom, mole, e cheio de amor.
Já se incomodou com bobagens, hoje, só tem sua atenção o que realmente importa. A família, os amigos, os encantos.
Quando olho para aquela menininha frágil, meio deslocada, solto um sorrisinho maroto e penso: é guria, quem diria, quem diria!!
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